(1994) Da Lama ao Caos

Da Lama ao Caos é o primeiro álbum da banda de mangue beat Nação Zumbi, lançado em 1994.

A estréia de um movimento, com tudo o que ele precisa, incluindo manifesto (o "Caranguejos com Cérebro"), união das bandas e música visionária. "Da Lama Ao Caos", explorou todas essas possibilidades de movimento a favor da música, o mangue beat.

Mais do que sua qualidade intrincesa, "Da Lama ao Caos" tem o seu valor como marco de uma nova geração de músicos brasileiros que retomaram a valorização de ritmos regionais fundidos com música estrangeira. Chico possuía qualidades tanto como músico quanto como performancer, sua obra acabou se estendendo além da música, criando uma estética propria, a estetica "manguebeat".

O disco tem uma coesão sem recorrer a classificação de "album conceitual", da primeira até quinta faixa temos clássicos instantâneos, músicas poderosas e contagiantes. Temos ainda a faixa-titulo, um petardo para lá de marcante. Mais de dez anos depois do lançamento deste CD foram poucos os discos de Rock nacional a terem o impacto desse aqui.


Da Lama ao Caos (1994)

01. Monólogo ao Pé do Ouvido (Vinheta)
02. Banditismo por Uma Questão de Classe
03. Rios, Pontes & Overdrives
04. A Cidade - Boa Noite do Velho Faceta (Amor de Criança) (Música Incidental)
05. A Praieira
06. Samba Makossa
07. Da Lama ao Caos
08. Maracatu de Tiro Certeiro
09. Salustiano Song (Instrumental)
10. Antene-se
11. Risoflora
12. Lixo do Mangue (Instrumental)
13. Computadores Fazem Arte
14. Côco Dub (Afrociberdelia)

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(1991) Descivilização

A banda passou quase um ano afastada dos holofotes, até que esse disco fosse lançado em 1991.

Se a Era da Incerteza foi um parto, Descivilização começou a ser gravado após um aborto. Em 1990, quase nenhuma das músicas escaladas para a gravação do que seria o quarto disco do grupo acabou sendo aproveitada. A banda acreditava que se fosse para repetir as idéias, era melhor então nem lançá-las.

Como resultado disso, ficam sem fazer shows, e passam quase que um ano no breu até que saisse o novo disco. Herbert Vianna participou da faixa "Cai Água Cai Barraco", desta vez, cantando, e Roberto Menescal, que em 85 os contratou para a Polygram, cedeu seus dotes "bossanovíssimos" à música "Arcos".

As novidades não paravam nas presenças ilustres. A sonoridade do Biquini estava mais pop. As músicas mais alegres e as letras tratavam de temas bem distintos dos outros discos. "Zé Ninguém" abria o lado A como se na verdade concluisse em uma música o disco antecedente. Vento Ventania surpreendeu se tornando o maior sucesso do disco e "Descivilização", a música, definia um novo questionamento social: vivía-se numa sociedade civilizada? Isto é a civilização? Ou será que era a negação dela?

Primeiro disco lançado em CD, já aproveitou bem o espaço extra oferecido e foram incluidas assim, dois bônus tracks: as versões remix de "Bem Vindo ao Mundo Adulto" e "Meu Reino", que já haviam estourado nas rádios antes do lançamento do disco em julho de 91.

Descivilização (1991)

01. Zé Ninguem
02. Cai água, Cai barraco
03. Últimas Horas
04. Vento, Ventania
05. Bem Vindo ao Mundo Adulto
06. Descivilização
07. Vesúvio
08. Arcos
09. Impossível
10. Meu Reino
11. A Cidade

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(1986) Cabeça Dinossauro

Cabeça Dinossauro, terceiro disco do Titãs, lançado em junho de 86, pela WEA.

Lançado em finais de junho de 1986, não só marcou a estréia da parceria da banda com o produtor Liminha como também garantiu o primeiro disco de ouro para a banda, em dezembro do mesmo ano.

A prisão de Arnaldo Antunes e de Tony Bellotto, nos finais de 1985, por porte de heroína, e a clara vontade da banda querer buscar uma unidade sonora – mais precisamente, pesada - influenciaram na mudança estética que a banda tomou neste LP, após a expressão de uma sonoridade um tanto confusa (que poderia revelar algumas boas canções) nos dois álbuns anteriores.

A capa foi baseada em um esboço do pintor italiano Leonardo Da Vinci, intitulado A expressão de um homem urrando. Um outro desenho de Da Vinci, Cabeça grotesca, foi para a contracapa do disco.

Ainda que remetesse muito ao punk rock, o disco mostra que os Titãs interviam ainda no reggae ("Família"), no funk ("O Quê?", "Bichos Escrotos" e "Estado Violência") e até mesmo em um cerimonial dos índios do Xingu (na faixa-título). Nas letras, vários pilares da sociedade foram discutidos acidamente, expressas a começar pelo título das canções: "Polícia" (de Tony), "Igreja" (de Nando Reis), "Estado Violência" (primeira colaboração do baterista Charles Gavin como compositor dentro da banda). Há também críticas acerca do estado capitalista ("Homem primata") e os tributos abusivos pagos pela população ("Dívidas").

A banda deu caráter antológico à obra ao resgatar "Bichos Escrotos", canção que tocavam desde 1982 e que só pôde ser gravada nesta ocasião. Mesmo assim, a censura vetou a faixa nas rádios por conta do verso "vão se foder", o que não desencorajou algumas rádios a tocarem uma versão com a tal frase vetada, às vezes até a própria versão original, o que acarretava um pagamento de multa.

Em 1997, a revista Bizz elegeu Cabeça Dinossauro como sendo o melhor álbum de poprock nacional, isto quando a banda ainda daria um salto maior comercialmente, com o Acústico MTV.

Cabeça Dinossauro (1986)

01. Cabeça Dinossauro
02. AA UU
03. Igreja
04. Polícia
05. Estado Violência
06. A Face do Destruidor
07. Porrada
08. Tô Cansado
09. Bichos Escrotos
10. Família
11. Homem Primata
12. Dívidas
13. O Quê?

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